terça-feira, 30 de novembro de 2010

DECISÕES E ESCOLHAS: uma questão essencial




A vida é a arte das escolhas,
dos sonhos, dos desafios e da ação
J. A. Wanderley

Os caminhos da vida são feitos de decisões e escolhas. Assim, o que cada um de nós é hoje, seja na sua vida profissional, seja na sua vida pessoal, é conseqüência destas escolhas e das ações adotadas para efetivá-las. 

Assim sendo, três aspectos devem ser considerados:
  1. A todo momento, queiramos ou não, conscientes ou inconscientes, por ação ou omissão, estamos sempre fazendo escolhas. E nunca é demais lembrar que não escolher já é uma escolha;
  2. Se queremos ser os timoneiros da nau da nossa vida, devemos procurar ser conscientes das escolhas que fizemos e estamos fazendo, pois é esta consciência que nos permite assumir a responsabilidade pelos nossos atos e, conseqüentemente, continuar com o que estamos fazendo ou então mudar. É conveniente ter presente que algumas escolhas deram certo em determinados contextos, mas que se adotadas em outros podem ser profundamente negativas. Um pequeno exemplo: alguém que quando criança, para obter o carinho e a atenção dos pais, chorava, fazia manha ou gritava. Depois, quando adulto, para ter as suas necessidades de aceitação e reconhecimento atendidas, adota comportamentos de essência semelhante que, sem a menor sombra de dúvida serão totalmente inadequados, gerando respostas justamente opostas às desejadas;
  3. Podemos, através do desenvolvimento pessoal, aumentar a nossa esfera de escolhas. Aprender, no fundo, importa ter mais opções, isto é, ampliar possibilidades. A questão básica é o que aprender para que possamos ter êxito neste mundo de crescente insegurança, complexidade, ambigüidade e imprevisibilidade. E isto também é uma escolha.
De qualquer forma, é sempre conveniente ter presente 6 escolhas que estamos fazendo a todo o momento.

1- Vida ou morte


Na realidade, esta é a grande questão ética, segundo a qual todas as outras devem se ordenar. É saber qual a resposta a uma pergunta de Albert Einstein: "Será que estamos fazendo deste planeta um lugar melhor para se morar?" Ou estamos ao lado dos que não têm nenhuma preocupação com isto, pois, como dizem, a longo prazo estaremos todos mortos.
2 - Os significados
A riqueza de nossa vida está muito relacionada aos significados que damos ao que fazemos. É a história dos 3 operários que estavam numa mesma obra e foram indagados sobre o que estavam fazendo. Um deles disse que estava assentando pedras. O outro, que estava construindo uma escada. O terceiro, que estava colaborando para a construção de uma catedral. Nós podemos escolher os significados que damos a tudo o que fazemos e isto pode representar uma grande diferença.
3 - Passado ou futuro orientado
As pessoas  passado orientadas  ficam querendo mudar o que fizeram, como se pudessem entrar na máquina do tempo. Tendem a se lamentar ou arranjar culpados e estão mais voltadas para ameaças. As pessoas  futuro orientadas buscam resultados, aceitam as situações existentes como um ponto de partida, não confundindo aceitação com conformismo, e procuram identificar e agir de acordo com as oportunidades. De qualquer forma é conveniente citar Franklin Delano Roosevelt: "O progresso é realizado pelos homens que fazem e não pelos que discutem de que modo as coisas deveriam ter sido feitas."
4 - Sistema aberto ou fechado
Os seres humanos são e deveriam agir como sistemas abertos, ou seja, em interação com o seu meio. Cada vez que as pessoas se fecham através do dogmatismo, da arrogância ou da negação, estão agindo como sistemas fechados. Prendem-se ao familiar e ao conhecido e, freqüentemente, ficam encasteladas em torres de marfim. As pessoas que agem como sistema aberto estão em relacionamento, têm consciência do fluxo contínuo de mudanças e sabem que a melhor forma de prever o futuro é criá-lo.
5 - Crenças e valores
Uma das coisas que têm forte influência sobre nossos comportamentos é o nosso sistema de crenças e valores. Neste sentido há quem diga que: "Quer você acredite que pode, quer acredite que não pode, você está certo." Todos nós temos um conjunto de crenças e valores que fomos adquirindo ao longo da vida e que são determinantes do nosso comportamento. Algumas podem ser extremamente úteis, como acreditar que tudo o que nos acontece pode ser uma oportunidade. Outras podem ser negativas, como a de se acreditar vítima das circunstâncias, na base do "isto só acontece comigo". Em geral as pessoas não analisam os impactos de suas crenças sobre suas vidas e não sabem que podem e como mudá-las.
6 - Intervir e mudar ou ser passivo
A consciência de que o que obtemos da vida está profundamente relacionado às escolhas que fizemos ou fazemos nos permite estar abertos a identificá-las e ratificá-las ou retificá-las. E esta é uma grande escolha final. É possível mudar. E um bom modo de fazê-lo é com base em Jean P. Sartre: "Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim." Em suma, ser consciente das escolhas que fazemos é entrar no mundo mágico das possibilidades. É saber que existem infinitas formas e caminhos e que a vida é daqui para a frente.

JOSÉ AUGUSTO WANDERLEY CONSULTOR EM LIDERANÇA E NEGOCIAÇÃO

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

POSICIONAMENTO


O termo 'posicionamento' refere-se à percepção do consumidor de um produto ou serviço em relação ao seus competidores. Você precisa perguntar a você mesmo: qual é a posição do produto na mente do consumidor?
Posicionamento está inteiramente relacionado com 'percepção'. Como percepção diferencia de pessoa para pessoa, procure fazer os resultados do mapa de posicionamento, por exemplo: o que você entende por qualidade, ou a percepção de que um produto é caro ou barato, e assim por diante, é diferente da minha percepção. Entretanto, haverá similariadades.
Produtos ou serviços são colocados juntos em um 'mapa de posicionamento'. Isto permite que eles sejam comparados e colocados em contraste em relação um ao outro. Esta é a característica mais importante desta ferramenta. Comerciantes decidem a respeito da posição de competividade, a qual os permite distinguir seus próprios produtos dos produtos oferecidos pela competição (este é o motivo do termo estratégia de posicionamento).
Trout e Ries sugestem uma estrutuda de seis-passos para um posicionamento bem sucedido:
  • 1. Qual é a sua posição no momento?
  • 2. Qual é a posição que você quer estar?
  • 3. Quem você tem de superar para tomar a posição que você deseja?
  • 4. Você tem os recursos para alcançar este objetivo?
  • 5. Você pode continuar persistindo até chegar onde você quer?
  • 6. Suas táticas suportam seus objetivos de posicionamento?

Na sua carreira, você pode escolher qual será o seu posicionamento!!! 
Como seu cliente, seu gestor, sua equipe, seus pares, seus sócios, seu público alvo o percebe?! Como você quer ser percebido na sua atuação profissional?

Equipe EUREKA



BLEND DE TALENTOS

... Mas, a descoberta do talento tem que ser primeiramente de caráter pessoal, ou seja, as pessoas precisam entender que são talentosas para alguma coisa, afinal de contas todos têm algum tipo de inteligência, combinada num blend, uma mistura especial, das tantas inteligências descritas por Gardner e, desta forma, cada pessoa é única no seu tipo de blend de talentos. Talvez você não saiba exatamente qual é seu blend. Bem, está é uma das tarefas de maior relevância do viver, ou seja, descobrir e atualizar seus potenciais. Para isso existem as propostas de autoconhecimento, cada vez mais vitais nos dias atuais. Se você prestar muita atenção para as coisas que lhe dão prazer de "ser" terá boas indicações de que caminhos a devem ser tomados para que seus talentos possam ser aflorados. O medo, a descrença são fatores decisivos que podem manter você preso(a) a padrões (paradigmas) pessoais de insucesso.
Trecho do texto de Luiz Eduardo V Berni

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Nossa produção... um pouco do que somos


Monólogo
Reflexões do eu observador

Qual será minha próxima máscara, uma máscara por meio da qual vou conseguir esconder mais um problema e mais uma vez me iludir?
Tudo me agrada e nada me prende, quero ser muitos e não sou se não eu mesmo, um eu mesmo que, francamente, nem mesmo conheço bem.
Digam aquilo que eu tenho de fazer e eu vou lá e faço, pronto!! BUM!BUM! RAIOS, mas pare de pensar, pelo amor de deus!
Me escondi atrás do eu inferior orgulhoso, que nunca precisou de ninguém. Não gostava de redes sociais. Me isolei de situações e momentos de vida que eu poderia ter aproveitado. Meu eu inferior recluso e fechado me dominou de tal modo que não consegui perceber.
Me chamavam de velho, enquanto sou jovem; de mendigo, enquanto tenho beleza; de perdido, enquanto quero incansavelmente me encontrar.
Tentei, realmente tentei encontrar algo com que me prendesse.
Mas quem sou eu agora? Atrás de que máscara estou me escondendo? Quero voltar a ser a pessoa que, quando acorda, não precisa pensar 20 minutos sobre a vida. Sobre o que eu fiz e deixei de fazer, e depois disso, saber que esses 20 minutos foram inúteis, pois o tempo é contínuo.
E como o tempo é contínuo, e a única pessoa que certamente estará comigo durante todos os momentos da minha vida sou eu mesmo, então minha imagem auto idealizada é de uma pessoa motivada, criativa e inteligente. Um eu superior que transita pelas três esferas dos tipos de personalidades.
A máscara atrás da qual me escondi esse tempo todo foi a do isolamento, talvez uma saída de defesa romântica para minha derrotas.

Eu sai dessa máscara, quis enfim derrotá-la e eu precisava de um motivo para isso. Meu último resquício de orgulho era ela, o local onde eu realmente um dia pude me encontrar. Quando ela se foi, junto foi a máscara, de modo que agora percebo um tempo perdido e um motivo para mudar.
Poderia ainda pensar que, no momento, me escondo atrás da máscara que eu chamo de transformadora, por meio da qual me sinto livre para me desapegar às coisas com facilidade. Teorias e fundamentos que antes eu acreditava, hoje já não fazem mais sentido, e dessa maneira, a máscara transformadora tem sido minha grande invenção.
Ela tem sido capaz de me fazer desapegar a velhas premissas autodestrutivas e transformá-las em conclusões cujas premissas são a liberdade, o desapego e o anti-orgulho.
Talvez nem seja de fato uma máscara fixa, mas um novo corte de cabelo, que está me ajudando a atravessar a margem do eu inferior para a margem do eu superior, onde minha auto-imagem pretende transitar por um bom tempo, e vai transitar por um bom tempo, pois a vontade foi despertada pelo eu observador, ou seja, por mim mesmo.
E nesse momento de transição, de aperto de mão dos dois homens, não posso fazer nada senão esperar e pensar naquilo que dá sentido a minha existência.

domingo, 21 de novembro de 2010

CARREIRA PROTEANA



Planeje sua Carreira: seja um Profissional Proteano
O planejamento da carreira é um requisito básico para conquistar um pouco de segurança no mercado de trabalho no mundo contemporâneo, inconstante e volátil. Enquanto na abordagem tradicional, os estudos sobre carreira enfocavam os cargos e as ocupações do indivíduo, no cenário atual o foco se dirige às percepções e às autoconstruções dos fenômenos de carreira.
A palavra carreira origina-se da expressão latina "via carraria", que significa estrada para carros. Somente a partir do século XIX passou­se a utilizar o termo para definir a trajetória da vida profissional. Durante muito tempo, o conceito de carreira esteve ligado a essa analogia como uma propriedade estrutural das organizações ou das ocupações.
O conceito de carreira proteana foi apresentado por Hall (1996) como um contraponto à carreira organizacional estruturada no tempo e no espaço. Esse autor entende que a carreira se constitui de experiências e de aprendizados pessoais, relacionados ao trabalho ao longo da vida. O termo é derivado do deus Proteu que, na mitologia grega, possuía a habilidade de mudar de forma ao comando de sua própria vontade. Nessa perspectiva, a carreira proteana é um processo gerenciado pela pessoa, não pela organização. Carreira, nessa abordagem, consiste em todas as experiências da pessoa em educação, treinamento, trabalho em várias organizações e mudanças no campo ocupacional.
Na carreira de um profissional proteano o critério de sucesso é interno (sucesso psicológico), não externo. A carreira proteana, desenhada mais pelo individuo que pela organização, pode ser redirecionada de tempos em tempos para atender às necessidades da pessoa.
O conceito de profissional proteano apresenta um caráter dinâmico e sistêmico, integrando todas as dimensões e papéis do indivíduo à medida que estabelece como objetivo final o sucesso baseado em critérios pessoais. Espera-se, portanto, que um profissional proteano possua versatilidade, flexibilidade e adaptabilidade; tenha habilidade de planejar a carreira com base em uma visão de futuro, compatível com objetivos pessoais de carreira e vida; e, finalmente, que saiba o momento de mudar de emprego ou de redefinir a carreira quando esses não o aproximem de seus objetivos pessoais e/ou profissionais.
Lorena Bezerra (Educadora, Consultora, Mestre em Administração, Diretora de Eventos ABRH­ PE)